Atravessando hierarquias, com Pedro Lolli
A apresentação tem como objetivo geral tratar da constituição dos coletivos a partir da posição inferior dos Yuhupdeh, comumente referidos como Maku, na armação hierárquica que caracteriza a rede social do Noroeste Amazônico. Com isso será problematizada a distinção de duas figuras sociais que emergem dessa diferença hierárquica, na qual, de um lado, encontra-se o hierárquico, o sedentário, o rígido, o fechado, o ideal, o exogâmico, o índio do rio, o horticultor, o ‘complexo’ – o anverso da rede; e de outro, o igualitário, o semi-nômade, o fluido, o aberto, o pragmático, o endogâmico, o índio da floresta, o caçador, o rudimentar – o verso da rede. O experimento proposto é: e se não tratássemos as dualidades como um verso e um anverso, cujo sentido de transformação é definido. Mas como feixes de relações que se encontram num movimento constante de efetuação e contra-efetuação que produz vetores de transversalidades na armação hierárquica.
Rua Luciano Gualberto, 315. Prédio do Meio - Sala 24