Formação político-educacional e movimentos indígenas: reflexões desde os povos Kaiowa e Guarani

com
Eliel Benites (Ministério dos Povos Indígenas)
Kerexu Mirim (EEI Krukutu)
Levi Marques Pereira (UFGD)
Mediação
Augusto Ventura dos Santos (Doutor PPGAS/USP)

Faz quase meio século que as primeiras experiências de educação escolar bilíngue e diferenciada começaram a ser desenvolvidas em comunidades indígenas no Brasil. Eram experiências conduzidas por incipientes organizações de apoio aos povos indígenas que se opunham ao modelo assimilacionista e tutelar desenvolvido pelos antigos órgãos indigenistas oficiais.
Paulatinamente, tais experiências foram normatizadas legalmente e sua responsabilidade administrativa foi assumida pelos órgãos estatais de educação (Secretarias Municipais, Secretarias Estaduais, Ministério da Educação etc). Este processo redundou numa expressiva multiplicação e consolidação de experiências de educação escolar indígena por todo o país. Redundou também no fortalecimento projetos educativos dos movimentos indígenas, através da formação de novas e ativas lideranças, tais quais estudantes, professores e pesquisadores indígenas. Por outro lado, os diálogos com os órgãos oficiais apresentam ainda hoje uma série de tensões e desafios para as comunidades: como lidar com as permanentes  exigências de padronização e centralização dos sistemas estatais? Em que medida a autonomia política,  pedagógica e os conhecimentos indígenas têm sido de fato respeitados?

Realização: Centro de Estudos Ameríndios (CEstA/USP) e Ação Saberes Indígenas na Escola (Núcleo Guarani/USP)

 

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