SBPC lança obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil”

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Quinzenalmente, um novo volume dos dezessete que compõem a obra será publicado no portal da SBPC. Uma vez por mês, sempre às quintas-feiras, a SBPC realiza em seu canal no YouTube (@SBPCnet) um debate online sobre os temas apresentados no período. A sessão de lançamento será dia 29 de abril, às 14h

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lança na próxima quinta-feira, 29 de abril, a obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”. Sob a coordenação de Manuela Carneiro da Cunha (USP e Univ. de Chicago), Sônia Barbosa Magalhães (UFPA) e Cristina Adams (USP), o projeto acrescentará a cada duas semanas um volume da publicação e uma vez por mês realizará um webinário para debater os estudos apresentados. A sessão de lançamento será transmitida pelo canal da SBPC no YouTube, às 14h do dia 29 de abril de 2021.

Na ocasião, será divulgada a seção 7 da publicação, “Gerar, cuidar e manter a diversidade biológica”. O tema será discutido no webinário de lançamento do projeto e contará com a presença de Laure Emperaire  (IRD-PALOC), coordenadora do volume, Marivelton Barroso, presidente da Federação das Organizações Indígenas do rio Negro (FOIRN), Dauro Prado, caiçara da Juréia e ex-presidente da Associação dos Moradores da Jureia, Cristina Adams e Manuela Carneiro da Cunha.

Segundo as coordenadoras do projeto, o estudo compõe um acervo importantíssimo, não só para os tomadores de decisão, mas também para os povos tradicionais e cientistas de muitas áreas.

Trata-se de uma síntese das contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil para a geração e conservação da biodiversidade além de outros serviços ecossistêmicos. Bem como das políticas públicas que os afetam positiva ou negativamente e dos conflitos e ameaças a que estão sujeitos. A pesquisa traz ainda avaliações e recomendações de órgãos internacionais acerca de compromissos assumidos pelo Brasil também são repertoriados. “Também mostramos, com os mais recentes resultados da arqueologia, que a biodiversidade do Brasil é um legado dos povos que aqui viveram antes de Colombo”, acrescentam as coordenadoras.

Uma obra de tamanha extensão tem um elenco de colabores de peso. O estudo envolve pesquisas interculturais com povos indígenas (Kuikuro, Yanomami, Guarani M´bya, Guarani Kaiowá, Wajãpi, Tuyuka e Tukano do rio Negro, etc.), quilombolas do Trombetas e comunidades tradicionais (quebradeiras de côco babaçu, populações de fundos de pasto, vazanteiros, caiçaras da Juréia, geraizeiros), além de cientistas filiados a cerca de 15 universidades e de 10 Instituições de Pesquisa brasileiras e internacionais , Organizações Não Governamentais, bem como diversos órgãos públicos, como MPF, Funai, INCRA, IBGE e MMA.

O trabalho é resultado de uma encomenda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), viabilizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), complementado pelo apoio de um doador que quis ficar anônimo e, ainda, com contribuição do BPBES, que publicou o Diagnóstico Brasileiro da Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.

Dirigida a tomadores de decisão de todos os níveis, a obra segue as orientações da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) “O objetivo é reunir e resumir o conhecimento atual referenciado por fontes acessíveis ao público”, enfatizam as coordenadoras do projeto.

Confira abaixo a estrutura básica da obra, dividida em 6 partes e 17 seções, cada uma com um número variável de capítulos. Quinzenalmente, uma nova seção será publicada no portal da SBPC e uma vez por mês, sempre às quintas-feiras, a entidade realiza em seu canal no YouTube (@SBPCnet) um debate online sobre os temas apresentados no período. Todas as informações serão divulgadas nos canais da SBPC.

Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil. Contribuições dos Povos Indígenas, quilombolas e Comunidades Tradicionais, para a biodiversidade, Políticas e Ameaças.

 

PARTE I. TERRITÓRIOS E DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

  • SEÇÃO 1. QUEM SÃO, QUANTOS SÃO
  • SEÇÃO 2. TERRITÓRIOS (Onde estão?)
  • SEÇÃO 3. DIFICULDADES NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS TERRITORIAIS
  • SEÇÃO 4. ALGUNS DIREITOS ESPECÍFICOS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

PARTE II. CONTRIBUIÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS À BIODIVERSIDADE

  • SEÇÃO 5. OS TERRITÓRIOS INDÍGENAS E TRADICIONAIS PROTEGEM A BIODIVERSIDADE?
  • SEÇÃO 6. BIODIVERSIDADE COMO LEGADO DE POVOS INDÍGENAS
  • SEÇÃO 7. GERAR, CUIDAR E MANTER A DIVERSIDADE BIOLÓGICA
  • SEÇÃO 8. CONHECIMENTOS ASSOCIADOS À BIODIVERSIDADE

PARTE III. POLÍTICAS PÚBLICAS DIRECIONADAS AOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

  • SEÇÃO 9. INCENTIVOS AO USO DA TERRA E PRODUÇÃO
  • SEÇÃO 10. POLÍTICAS EDUCACIONAIS, DE SAÚDE E DE PROTEÇÃO SOCIAL

PARTE IV. POLÍTICAS PÚBLICAS QUE AMEAÇAM OS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

  • SEÇÃO 11. PROJETOS ECONÔMICOS E DE INFRAESTRUTURA
  • SEÇÃO 12. CONFLITOS
  • SEÇÃO 13. AMEAÇAS

PARTE V. AVALIAÇÕES INTERNACIONAIS

  • SEÇÃO 14. AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE METAS SUBSCRITAS PELO BRASIL

PARTE VI. PESQUISAS INTERCULTURAIS

  • SEÇÃO 15. POVOS INDÍGENAS
  • SEÇÃO 16. COMUNIDADES TRADICIONAIS
  • SEÇÃO 17. QUILOMBOLAS

 

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